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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2015

Sorrisos

Quando uma palavra faz toda a diferença. Hoje estive a falar para um grupo de pessoas. Foi só um bocadinho embora suficiente para o objetivo em causa. Eu adoro falar para as pessoas. Esta coisa das palavras não é só escrita, é falada também. Pelo-me por ter um grupo à frente e abrir conversa. Baixa-me uma coisa e aqui vai disto. Parece que fico com os pezinhos no ar! É muito interessante perceber o que acontece no ambiente, principalmente o não verbal dos outros e o meu próprio não verbal. Mais do que a conversa propriamente dita, desta vez procurei estar atenta também a mim própria e à alegria que sinto quando estou a conversar com um grupo de pessoas. Claro que assunto é bom senão a alegria não seria assim tanta. Consegui perceber, em mim própria, o sorriso rasgado, o cantar da voz e o endireitar de toda a postura. Uma postura corporal consistente com o bem estar sentido. E automaticamente, parece que isto é contagioso! É verdade, ao contrário do que se possa pensar, os sorrisos

50 gotas

Hoje dei conta que já escrevi por aqui 50 textos. Meu Deus! 50! Quando comecei nestas coisas não me imaginava a escrever tanto. Isto porque cada vez que escrevo um texto, penso sempre que será o último. Parece-me que já não terei nada a dizer a seguir. É um pensamento tolo mas recorrente. Nunca sei se virá nova vontade de escrever. Se a inspiração volta. Nem sei bem o que é a inspiração. Como é que salta e comanda a escrita. Só sei que é um ímpeto que não me apetece nada controlar. Deixo sair. Parece que as palavras têm vontade própria. E quando não são as palavras, são os assuntos. Há assuntos que querem ser falados. Mais ou menos profundos, polémicos ou difíceis de entender, querem ver a luz do dia, de forma despretensiosa mas incisiva. Querem um bocadinho de atenção. E para mim é muito fácil fazer-lhes a vontade. As palavras, os pensamentos, a contemplações e reflexões fazem parte de mim. São uma segunda pele. Se calhar até são a primeira pele. Desde que me lembro de mim que me

Hoje consegui recuperar um bocadinho de paz e de serenidade. A semana vai bastante carregada e difícil mas ontem consegui ir meditar. Exausta, mas lá fui. E em boa hora o fiz. Não gosto de sucumbir ao cansaço, nem à tristeza nem a outra coisa menos boa mesmo que tenha imensa vontade. Mesmo que me apeteça desistir sem saber do quê e mandar-me para o chão e pronto. Mas lá tenho uma réstia de força para combater estas emoções. Não gosto nada delas. Fazem-me a vida negra. E então, eu devolvo-lhes o efeito. E vou fazer tudo o que tiver ao meu alcance para as contrariar. Só de birra! E lá fui meditar. Primeiro, a companhia é boa. Para além do amigo que comanda as tropas, a minha melhor amiga também participa. E ela é a pessoa que mais paz me transmite. E a paz, a constância, a temperança e a amizade incondicional são um colo fantástico. Estas virtudes acalmam-me e serenam-me o espírito. E a serenidade é muito importante para se meditar como deve de ser. Para deixar que Deus converse con

Amor próprio v.s. orgulho

A diferença entre amor próprio e orgulho.  Por vezes estes dois conceitos são confundidos. Pelos outros e por nós próprios . Quando tomo uma decisão importante, daquelas que têm que ver com outras pessoas e que podem doer a alguém, nomeadamente a mim própria, sempre reflito sobre o porquê da decisão tomada. Até pode ser uma decisão simples. Mesmo assim deve ser refletida. Decidi por amor próprio, por me ter aprendido a cuidar, a amar e a ser capaz de me afastar do que me molesta ou se o faço essencialmente por orgulho. Porque tenho um nariz empinado. A linha que separa estas coisas, por vezes é tão fininha que quase se torna invisível. Para não correr o risco de não ver linha nenhuma e de cortar a direito, procuro nunca tomar decisões quando estou muito triste ou muito zangada. Não há nada nestas emoções que nos ajude a tomar decisões como deve de ser. Estas são das tais emoções que nos inundam e não deixam espaço para a paz e para a serenidade. Para ouvirmos o coração com ouvidos

Como chuva em agosto

No final do texto, partilho o soberbo Gonçalo Salgueiro a cantar o também soberbo " Como a chuva em Agosto ".  Já ouvi para aí umas 300 vezes de seguida. Todos os estados de espírito da minha vida têm uma canção, uma música, um fado. Qualquer coisa que se cante ou que se oiça. É outra das minhas formas de tirar as dores do sistema. De expurgar as tristezas. Garanto que ajuda. Oiço até à exaustão. Da mesma forma que deixo doer até que não seja possível doer mais. É assim. Tudo na vida tem que se tratar. De uma forma ou de outra. Demorando mais tempo ou menos. De golpe ou com preparação. Da forma que puder ser ou que fizer mais sentido. Tal como a chuva em agosto, rápida e passageira, normalmente intempestiva e inesperada, a vida também assim se apresenta. Acontecem-nos coisas boas que não esperamos. Estamos distraídos da vida e ela faz-nos umas surpresas fantásticas. Principalmente, quando estamos fechadinhos no nosso casulo. Acontece-nos umas lufadas de ar fresco. Apar

Rasgões

Quando decidi começar a partilhar as minhas escritas, sempre me preocupei em partilhar coisas que pudessem fazer a diferença para quem lê. Gostaria de escrever só palavras que transmitissem coisas boas, alegrias, reflexões, pensamentos e outras formas de lidar com a vida. Sempre senti a responsabilidade de cuidar de quem lê o que escrevo. Nem que fosse apenas contribuir para um rosto sorridente. Já valia a pena. Mas como a vida é feita de altos e baixos, de alegrias e tristezas, tenho tido a necessidade de escrever sobre tudo. De largar os meus estados de espírito. Escrever ajuda-me a lidar com as coisas menos boas, com a mágoas, com os rasgares de coração. É terapêutico para mim. Estou muito mais habituada a cuidar do que a ser cuidada. A vida assim me foi formatando. E como já tenho escrito noutros textos, tive que encontrar estratégias para curar as minhas feridas, os meus rasgões. A escrita é uma delas. E aproveito para lhe agradecer, a si que lê o que escrevo, uma vez que ao ler

Hibernar

E se se pudesse hibernar durante uns tempos? Eu hibernava às semanas. Às vezes apetece-me desligar a pilha. Desligar o pensamento, o coração e tudo. Ter a esperança de que quando acordasse desse estado letárgico e reparador, tudo estivesse maravilhoso. E que eu fosse muito menos necessária e muito mais amada. Às vezes sinto que meio mundo me pede para eu fazer, ser capaz de, tenho que isto, tenho que aquilo. E resolver mais não sei o quê. E tratar, consolar, dar um ombro a outro choro, respeitar o espaço não sei de quem e enfim. Tudo e tudo e, de preferência, com um sorriso rasgado no rosto. Hoje estou cansada. Apetecia-me enfiar num casulo fofinho e não sair de lá tão cedo. Até que todos se tivessem esquecido do que eu sou capaz de fazer ou de resolver. Até que se esquecessem da minha utilidade e apenas se lembrassem de mim por coração. Por saudades do que sou e não do que sou capaz de fazer ou dar. Só de mim tal e qual. E tanto faz a sorrir como de outra forma qualquer. Lá se varr

Cuidar para dentro

Tenho muita dificuldade em perceber o gostar de alguém sem se cuidar, sem querer saber. E por mais que me esforce, tenho alguma dificuldade em perceber estas coisas. Infelizmente tenho algumas pessoas assim à minha volta ou à volta de quem me é muito querido. Gostar-se ao longe, sem acompanhar sem saber se está bem, sem ser preciso saber nada sobre a outra pessoa. Que coisa desconcertante! Penso que isto é um bocadinho coisa de homem. Assim de repente, lembrando-me de algumas pessoas que relaciono com este assunto, só me vem o género masculino à cabeça. É capaz de fazer sentido porque os seus mundos por dentro são fechados a 7 chaves com cadeados quase invioláveis. Sentem tudo para dentro, cuidam para dentro, amam para dentro. Estando bem cuidado no mundo interior, já está tudo bem. É mesmo à homem. São educados para a responsabilidade, para serem fortes, frios e duros. Emoções são coisas de mulheres e de gente fraca! Eu acredito que sentem, sofrem, amam e tudo igual a todas as outras

A paz nas palavras

Às vezes só me apetece escrever. Porque sim. Sem nenhuma razão em particular. Para quem é novo nestas andanças, estas vontades impetuosas de vazar palavras são sempre ainda fonte de admiração. Sempre me perguntei a mim própria como é que as pessoas conseguem fazer a mesma coisa horas a fio. Os escritores, os músicos ou de outra arte qualquer. Sempre me perguntei de onde vinha tanta inspiração, como seria possível? O que se sente? Agora dou por mim a ter tanta vontade de escrever. Sou capaz de o fazer horas de seguida sem me cansar. Claro que quando acabo de escrever um texto, penso sempre com os meus botões: - “Agora acho que já não vou capaz de escrever mais nada. Já disse tudo o que tinha a dizer. Não vai ser possível fazer outro texto.” Penso sempre a mesma coisa, de forma repetitiva e sistemática. Claro que depois, do nada, ou porque qualquer coisa me fez tocar uma sineta, desato logo a ter vontade de escrever mais. E sempre aparece um tema, um assunto. Estou convencida que é o as

Um dia em cheio

Depende da definição de cada um. Pode ser de paz. De descontração. De amor. De amizade. Do que se quiser desde que seja em cheio para cada um de nós. Os dias cheios são os que verdadeiramente valem a pena. São os que deveriam guiar todos os outros. São os que nos deveriam guiar a vida. Infelizmente, dizemos que tivemos um dia em cheio quando este é excecional, quando é diferente ou mais intenso do que a maioria dos outros nossos dias. E deveria ser ao contrário. Todos os dias deveriam ser cheiinhos de coisas boas e, lá muito excecionalmente, poderia aparecer um dia mais vazio. Se calhar mais tranquilo. Um dia daqueles de não fazer nada. De desligar até o pensamento. De preguiçar a valer. A vida passa tão depressa que deveríamos tentar rechear os nossos dias de tudo o que é bom. Mesmo à grande. Desde o acordar até ao deitar! Claro que eu sei que isto é difícil. Mas eu sou uma otimista e acho a vida uma coisa maravilhosa! Se não podemos ter dias em cheio uns atrás dos outros, pode

As mentiras e eu

Temos uma relação difícil. Sempre me magoam. Todos nós mentimos, é desnecessário negar. A mentira e a verdade, tal como qualquer outra coisa da vida são o verso e o reverso da mesma moeda. Dizem os entendidos nestas coisas que mentimos em média 5 vezes por dia. Perante isto, a primeira reação será dizer: -“Eu?! Deus me livre! Eu não minto!”. Pois mentimos. Basta estarmos tristes e se alguém nos cumprimenta e pergunta como temos passado, dizemos:-  "Muito bem, obrigada!" É mentira, estamos tristíssimos. É verdade que uma boa parte das nossas mentiras tem a ver com cortesia. Hoje nem sequer quero falar de mentiras patológicas ou daquelas por maldade, que propositadamente servem para ferir. Isso não me interessa. Neste assunto, interessa o que diz respeito às pessoas que são importantes para mim. E ainda às outras pessoas que se cruzam na minha vida. Pessoas normais. As mentiras sempre me doeram, as minhas e as dos outros. Mesmo quando penso que não tenho alternativa e que

Pérolas e gotas

As pérolas e as gotinhas de qualquer coisa são muito bonitas. Depende dos gostos. Umas são valiosas por inerência. Outras dependem do valor que cada um lhes dá. Eu gosto muito de pérolas. Parece-me que todas as mulheres gostam de pérolas. São muito femininas e delicadas. São joias de senhora, não é? Têm pureza, muita luz e iluminam quem as usa. As pérolas ficam bem com tudo. Mas são o que são. Apenas o que são. Não têm mais nada para além de serem muito bonitas e de fazerem mais bonita quem as usa. Afinal, é para isso que servem as joias. Não servem para mais nada. Gosto muito de pérolas mas gosto muito mais de gotinhas! Gotinhas de qualquer coisa. As gotinhas podem ser de tudo o que quisermos e podem ter todos os significados que entendermos. Podem ser de alma, de água do mar, de lágrima, de chuva, de amor, de doçura, de qualquer emoção, de qualquer sentimento. No fundo, gotinha é uma forma carinhosa de dizermos um bocadinho, um baguinho de algo bom ou bonito. Até aos beb

O aniversário de uma pérola

Hoje é um dia lindo. É o dia de aniversário de uma melhor amiga. Daquelas que nós escolhemos para serem família. Ainda mais família do que algumas pessoas da minha própria família. A amizade é uma das mais lindas formas de amor. Apenas é. Não cobra, não pede em troca, não prende. É tudo bom na amizade. É das poucas coisas na vida que não tem o outro lado da moeda. É serena, doce, e apesar do tempo, da distância ou do espaço,  mantém -se intacta. É preciosa! Com esta minha amiga aprendi um mundo inteiro! Somos diametralmente diferentes. E essa é a piada. E aceitamo-nos tal e qual como somos. Em séculos de amizade, nunca nos zangamos, nem sequer discutimos. O respeito é tão grande e a amizade tão profunda que não se perde tempo com essas coisas. Sempre que estamos juntas, o tempo é gasto em sermos amigas. Em cuidarmos uma da outra ou em cuidarmos de outras pessoas. Esta amiga é uma pessoa admirável! Tenho-lhe uma profunda admiração. É talvez das pessoas mais dotadas que conheço.

Plantas, flores e verduras

Eu adoro plantas, flores, vasos, canteiros, árvores, jardins, parques, bosques, florestas e tudo o que tenha verde e água. No fundo, a vida em todo o seu esplendor. Independentemente do tamanho. Pode ser um vasinho pequenino ou a floresta amazónica. Cada um no seu lugar, mas olho com o mesmo encantamento. Da mesma forma que me parece que não conseguiria viver muito tempo longe do mar, também não conseguia viver longe da natureza e de espaços verdes. E qualquer jardinzinho citadino me aconchega. Não é preciso ir ao Gerês para ficar contente. Na verdade, no Gerês não se fica contente. Fica-se maravilhado!  Costumam dizer que eu tenho uma mão verde. Herdei o dom da minha avó materna que qualquer coisa que espetava num vaso, crescia. Não percebo nada de plantas nem de flores mas elas dão-se bem comigo e eu muito bem com elas. Temos uma relação de muito respeito. E elas sabem. Elas sabem que eu gosto muito delas e que as cuido sem lhes pedir nada em troca. Apenas que sejam o que são e